sábado, 30 de abril de 2011


Flor ou espinho?


Normalmente espinho... Porque é o que recebemos com freqüência...
Então só pra fazer a diferença fui fazer teatro!
E ao me perguntarem por que eu fazia teatro comecei a pensar...
Foi então que a resposta veio como que água cristalina:
Tentei ser muitas coisas na minha vida e descobri que o teatro me torna uma pessoa melhor me faz sentir que faço parte de algo importante quando estou no palco, dentro de mim, existe a certeza de que estou no lugar certo, fazendo a coisa certa e isso faz toda a diferença, pelo menos para mim.
Eu que tinha uma vida "perfeita": trabalho bom, (gerenciava o financeiro de uma rede de lojas em Blumenau-sc), casa boa (morava no centro, num apartamento massa, com uma vista linda e sozinha), tinha o namorado perfeito (fazia tudo e mais um pouco por mim)! E mesmo assim existia um vazio dentro do meu peito que me tornava infeliz e eu percebi depois de muitas noites e dias em claro, muito choro e desespero que talvez eu estivesse com os valores errados, sabem invertidos. E estava!
Foi então que mudei tudo na minha vida! Terminei o namoro, sai do emprego, voltei pra Campo Grande e voltei para dentro de mim. Busquei dentro da minha existência minha verdadeira identidade! Quais eram meus verdadeiros prazeres e porque eu os havia perdido? Comecei a fazer terapia e voltei para o teatro!
Ah! E o teatro a cada dia me permite entrar em contato com meus temores e qualidades. É assim que ele faz toda a diferença em minha vida. Hoje sou secretária, moro com minha avó e tenho um relacionamento sem rótulos com uma pessoa completamente incomum! Choquei a sociedade, indo completamente contra ao seu padrão de normalidade e fiquei feliz com isso!
Olhando com os olhos da razão (que durante tanto tempo me acompanharam), é provável pensar que estou ou sou completamente louca!
É então que eu te pergunto:
Quem definiu o padrão para a loucura e para a normalidade?
Será que eu não sou apenas diferente? Porque a diferença incomoda tanto? Você é feliz? Será que vale a pena se enquadrar em um modelo pré concedido a você ao nascer somente para ser aceito?
São apenas pensamentos de uma pessoa que não se reprime mais... E está muito feliz com isso!



Luana Brandão










Há erros que cometemos;
Verdades que não conhecemos;
Entre erros e verdades...
Encontrei VOCE....
Talvez você seja meu maior erro....
Mais a minha única verdade, hoje...

terça-feira, 26 de abril de 2011

Dia Chuvoso...




Dizem que a chuva é deprimente, eu não concordo. Gosto muito de tempo chuvoso, amo assistir filme com apenas os olhos para fora do cobertor, se for de conchinha melhor ainda. Entretanto, hoje devo confessar que concordo com a maioria, muito a contragosto, diga-se de passagem.
Hoje estou sentindo saudades. E a chuva... Ah! Ela é a vilã dessa historia, mas só hoje... Quero que ela entenda que não a desejo mal algum, contudo hoje... Sinto que meu peito está se desfacelando em meio a este temporal que meio de repente interrompeu o costumeiro calor do final de fevereiro.
É tanta saudade que nem sei expressar o que está fazendo falta! Saudade da pureza do inocente olhar infantil, que não escondia nada nem percebia a maldade no mundo a fora, maldade esta que teima em nos sacudir a cada curva do rio. Saudade da certeza que os sonhos podem existir e coexistir uns com os outros, assim como as pessoas.
Ta, ok! Eu sei que os sonhos são alimentados por nós e que não podemos desistir e blá blá blá... Mais hoje, só hoje, resolvi me permitir sentir... Saudade da amizade roubada pelas escolhas erradas. Do amor verdadeiro que talvez não passasse de ilusão. Das duras desilões, que deixaram suas profundas marcas e com suavidade cumpriram seu papel no processo evolutivo ao hoje, agora, para sempre...
O que escrevo são apenas solitárias palavras de um coração comum, que sofre, sorri, se enternece... Coração este que está repleto de carinho aguardando apenas um sinal da chuva para transbordar. Afinal todo bom poeta necessita de uma musa, não é mesmo? E quem melhor há de ser musa para um quebrantado coração do que a Dona Chuva?
Chuva que sempre existiu para limpar a terra e o ar. Chuva que se mistura aos mares, que é fonte de vida e se transforma dia-a-dia. Ah chuva se você soubesse quão responsável é pela minha apatia! Mais só hoje.

Luana Brandão