segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Traços… No limite entre a razão e a loucura…

 

vida

Hoje, uma terça-feira normal… Nem começo, nem meio e nem fim de uma semana traçada com mãos de ferros pelos deuses. Percebo, neste momento,  que não sou nada além do que deveria ser. Que tudo esta seguindo um ordem natural das coisas, a mesmice de sempre! Sinto uma revolta, um asco, são tantos sentimentos controversos e de tal intensidade que me levam ao chão. Reflito sobre as verdades desta vida, as minhas verdades e as verdades que estão em mim. Duras verdades… fardo pesado…

Em um mundo onde as garotinhas são incentivadas desde pequenas a serem cópias robôs perfeitas de garotas mortais e ter cérebro, senso de humor ou um apetite normal é coisa de gente maluca, como podemos manter a sanidade??? Machado de Assis que estava correto, não acham? A loucura depende do referencial adotado. Meu professor de física se sentira orgulhoso agora em saber que aprendi alguma coisa com as aulas dele! Ou não…

Vejo que a maresia do tempo, muitas vezes nos leva a desistir a parar e olhar para o horizonte distante por onde o destino se desenrola e nos envolve em seus braços. Nem sempre conseguimos nossos objetivos, muita das vezes nem mesmo sabemos quais são os nossos objetivos. Seguimos em busca de algo que nos acrescente, que nos aperfeiçoe, nos aprimore… Desejamos a perfeição de tal modo que o comum se torna algo completamente esquecido e até renegado aos nossos instintos mais profundos… instintos secretos.

Buscar a evolução é prioridade, contudo penso que a lição em partes esta em saber retroceder e reconhecer que é hora de perder. Perder, palavrinha pequenina de seis letras, que mexe com o nosso interior de forma bastante expressiva. Eu seria uma impostora se pedisse a todos para ‘pendurar as chuteiras’, afinal quem neste mundo de meu Deus está disposto a se sentir um fracassado? Eu não estou na maior parte do tempo.

Quem tiver a coragem de dizer que ficou em segundo lugar que atire a primeira pedra!? Todavia, para que haja um primeiro lugar, alguém teve que perder ou ser fraco em determinado momento… Alguém teve que se expor, arriscou ganhar e perdeu. “Cest la vie”! Isso é tão patético! Ser o melhor  a todo e qualquer custo! De que adianta? No final das contas o destino nos carrega, nos arrasta, nos aprisiona… Estamos a mercê de caprichos que em nada diferenciam no destino final de nossa jornada.

Eu estou só. Completamente só. Única e exclusivamente só. E sempre foi para ser assim…

A vida é um vai vem que sempre nos dá a escolha do próximo passo. Quem escolhe o rumo do percurso somos nós mesmos. Portanto não dá para ficar acabrunhado no canto reclamando como uma criança mimada, chorando para que a mamãe Gaia ceda as suas manhas e lhes-dê o que pede. As coisas nunca funcionaram assim, nem nunca funcionarão. Portanto levante a cabeça e siga em frente!

Se for o momento de partir, não olhe para trás!

Se for o memento de ficar e engolir seu orgulho, faça-o!

Porque mais importante que vencer é escolher. Afinal a vitória dura o tempo de um presente, logo ela se torna uma boa lembrança. Agora as consequências de suas escolhas arrastam as boas lembranças como um peso morto pelo resto de nossas vidas…

Faça a coisa certa… Siga seu coração… Viva… Mantenha sua honra… Perdoe… Seja simples… Ame… Como se nada mais fosse mais importante do que amar… Respire… Faça valer a pena!

 

Luana Brandão

31/01/2012 – 01:47hs

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