quarta-feira, 11 de maio de 2011



Peregrina em terra de Ninguém...
 

Tu me avisaste que as lutas viriam, até tentei me preparar, mas nunca imaginaria todo este caos...

Sou uma Peregrina que veio do âmago das ilusões, país já há muito tempo extinto. Venho vagando e vagando por onde o senhor Vento me guiar. Peregrina em terra de horror, peregrina em terra de cor... em terra de Ninguém!


Enquanto os 'Ninguéns' buscam a matéria, separam-se em partes desiguais e programam até seus míseros segundos de vida, eu, completamente perdida e absorta em pensamentos, me perco tentando compreender tamanha discrepância.


Por que buscar mais que o necessário? Por que dividir, separar e classificar diferenciando os “x`s “dos “Y’s”? Para que programar toda a vida se não temos idéia de até onde ela irá existir!

Perdemos a espontaneidade por conta de uma fórmula do sucesso. Há muito tempo ensinada geração após geração aos ninguéns desta terra.


O caminhante tem a peregrinação que busca, mas lembre-se sempre do que são feita e formado os seus sonhos! Pois o mais cruel de dada história é se esta Peregrina se perder em meio à crueldade dos comuns, na mesmice da tradição e na irresistível presença do poder.


O país da ilusão, terra natal de nossa heroína, é um lugar mágico onde os rios têm cheiro de liberdade e as montanhas sussurram conselhos de esperança aos desavisados e em tudo o que vê percebe-se amor pelas criaturas.


Nesta terra já há muito tempo extinta, de onde originaram-se todos: Ninguéns e Peregrinos, percebemos que estão presas em um passado violento e desigual todas as boas lembranças e ilusões de um coração em busca de seu amor perdido. A igualdade nos remete a esta terra de ilusões que hoje peregrina também em terra de Ninguém.


Portanto, seja você mesmo, não se importe com Ninguém, apenas sinta... Faça valer a pena! Salve a peregrina que existe dentro de você!


Luana Brandão

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